quarta-feira, 28 de setembro de 2011

ASSISTIR TV ENGORDA?




Assunto de hoje:
Comida midiática.

A mídia de ação rápida criou um formidável ponto de ruptura em tradições seculares e até milenares. Nos últimos anos, os valores, e o antigo sistema de formação de hábitos está sendo despedaçado de forma globalizada.

No terreno da formação dos padrões de atitudes com relação ao ato de nos alimentarmos, a influência da mídia é impressionante. E a rapidez com que gera mudanças é mortal para muitos grupos culturais; que não tem tempo hábil; para se adaptarem ás novas condições e aos novos hábitos.

O ramo comercial de alimentos é sempre um dos mais seguros para se investir. A política de marketing desse segmento da indústria e do comércio naturalmente deve ser: quanto mais se coma isso ou aquilo melhor. Quanto mais as pessoas sejam induzidas a comer, maiores serão os lucros, e mais investimentos serão feitos.

Assistir muita TV engorda?
Claro.
Pois, o forte e constante apelo visual e auditivo com relação aos alimentos propagandeados torna-se um poderoso estímulo para produzir secreções digestivas capazes de desencadear a sensação de fome. Esse é um dos motivos da comilança defronte à TV principalmente em se tratando de crianças.

O ritmo de vida acelerado e sobrecarregado de pressa e medo acentua o problema da ansiedade, o que faz com que a pessoa corra atrás de carboidratos o tempo todo, em especial do açúcar, do chocolate e farináceos. E também, algumas pessoas passam a sentir um desesperado desejo de mastigar o tempo todo.
E mastigam tudo que enxergam pela frente; sem perceber – pois, somos seres robotizados que andam apenas no piloto automático do subconsciente.

A cultura de produzir alimentos em larga escala gerou o envenenamento da agricultura; com a conseqüente deterioração do meio ambiente; o que trouxe mais alguns problemas para a sanidade de todos. Muitos são os agravos que essas substâncias podem causar à saúde. Dentre eles: câncer, esterilidade masculina, degeneração de sistema nervoso, problemas hepáticos.

Para piorar as coisas; a tecnologia de conservação dos alimentos trouxe consigo um problema difícil de ser resolvido: a intoxicação em larga escala e de forma continuada; embora muito se tente pesquisar para substituir produtos químicos por substâncias extraídas de plantas ou da natureza, o resultado deixa a desejar e o envenenamento continua lento e progressivo.
Em alguns países o uso desses produtos químicos beira o “genocídio em código”: estabilizante F-5, corante Y-10 etc. Pois, as pessoas são envenenadas sem defesa, não há cultura para observar nem prazo de validade dos alimentos quanto mais pegar uma lupa para ler os códigos.
Este produto contém: corantes, acidulantes, aromatizantes, flavorizantes, aintioxidantes, antiumectantes, conservadores, edulcorantes, estabilizantes, espessantes, umectantes, etc.
E para piorar, mais ainda: alguns são submetidos a “higiênicas radiações”. Seria mais correto e ético; que no rótulo dos alimentos; estivesse escrito quais as substâncias ali contidas e o que já é conhecido de sua ação nociva no corpo dos seres humanos; para que o consumidor pudesse usar com correção o seu livre arbítrio.

Fica fácil concluir que assistir muita TV não apenas engorda; como mata – mas como o que não mata engorda – tudo bem – amém...

Dica para os marketeiros de comida infantil de plantão:
Sabem por que as crianças de hoje são mais espertas?
Elas têm CHIPS de vários sabores na dieta!

Namastê.

sábado, 17 de setembro de 2011

CALDO DE CANA COM ADOÇANTE - COMPORTAMENTO SOCIAL E MANIPULAÇÃO




Nosso comportamento social é influenciado pelas atitudes que sustentamos.
E que derivam das escolhas que efetuamos no dia a dia; mesmo que não sejam nossas.

Elas afetam nossos julgamentos e percepções, nossa eficiência nos estudos e no trabalho, nossas relações com os outros e, até nossa filosofia básica de vida; pois, formam padrões característicos e difíceis de serem mudados, que ajudam a formar; e a transformar a base da nossa personalidade.

Por outro lado, os outros, nos julgam e rotulam segundo nosso padrão habitual de atitudes que, na repetição, tende a fixar-se.

Exemplo: um indivíduo que mente habitualmente, por mais que, de um momento em diante, diga somente a verdade, levará muito tempo até que o rótulo de mentiroso seja retirado do julgamento dos que com ele convivem.

Hoje, devido ao poder da mídia, acentua-se a polaridade credulidade.
Criou-se a GERAÇÃO ZERO – zero de discernimento; zero de raciocínio crítico.
O ser humano nunca foi tão manipulado no atacado quanto nesta Era HI-TEC.

Todo cuidado é pouco como avisou o Mestre para sermos sempre mansos como as pombas e prudentes como as serpentes.

Desligue-se; tente ficar desplugado; pois:
Uma vez que adquirimos nossos pensamentos e crenças através de pessoas importantes em nosso mundo social que transferem seus pensamentos e crenças para nós, já prontos, encomendados sob medida para gerar lucro ou poder.
É preciso cuidado, pois através da comunicação social recebemos comunicação de transferências.
E nós é que pagamos o preço das escolhas induzidas por interesses onde nem todos ganham; pois nas relações de qualquer tipo entre nós; se, um ganha e outro perde; essa transação recebe o nome de Carma.

Por outro lado, por essa mesma lei, também transferimos nossas próprias crenças aos outros.
Em tempo: é melhor, e mais inteligente, criar moda, do que, copiar moda... Deixemos sempre que os outros corram o risco de copiar-nos...

Estamos na Era Zero de discernimento – não é tão difícil encontrar por aí alguém tomando caldo de cana com adoçante.
A palavra Zero foi o ganhar na loteria de gênios da mídia usada para vender conceitos e produtos aos consumidores que adoram pensar light.

Namastê.

sábado, 10 de setembro de 2011

BULLYING: VIOLENTO É A MÃE!




Quem de nós nunca sofreu ou praticou algum tipo de violência? – Nem sempre percebida por quem a pratica; mas, sempre vivenciada por quem a sofre...

O conceito Bullying focado inicialmente no ambiente escolar trouxe á discussão a pratica da violência explícita e até mesmo a subliminar; aquela em que raras pessoas; prestavam atenção; pois, á medida que o assunto vai sendo debatido; novos focos e olhares sobre o problema surgem, cada um dando sua contribuição para que a paz reine, um dia, entre nós.

A violência explícita e a subliminar se confundem ás vezes; tal e qual o estupro em algumas sociedades onde a vítima do bullie (o estuprador) ainda sofre discriminação, sendo penalizada duplamente pela sociedade que pratica o bullying sem perceber; pois a prática de manter o poder através da agressão é milenar.

Esse padrão de atitudes não está vinculado ao instinto de sobrevivência, defesa ou raiva.
Pode envolver desejo de controlar, ciúmes e desprezo.
Suas bases estão assentadas no desejo e sentimento de poder; intolerância á diferença; e a pretensa liberdade de excluir, barrar, isolar e segregar os outros que contrariam seus interesses. Vivemos um intenso bullying político, no qual pessoas sentem-se as donas dos pseudocidadãos e criam impostos sem necessidade, achacam as pessoas com burocracia e ameaças mil e as amansam com esmolas; depois tentam dar um cala boca nos contrários na forma de censura sob as penas da lei.

Bulir com os que estão quietos e são pacíficos.

Essa não é apenas uma fase normal da vida infanto-juvenil como muitos bullies adultos imaginam; não passa com o tempo nem com a idade; apenas ela fica camuflada pelas máscaras sociais fruto da educação ainda em vigor – e se manifesta de forma subliminar ou na cara dura da ditadura de qualquer forma e tipo; mesmo disfarçada na da maioria disfarçada de democracia.

Algumas pessoas já nascem com tendências para praticar o bullying; assim como já trazemos um esboço de personalidade ao nascer e um conjunto de predisposições que podem ser corrigidas ou reforçadas pela vida em família, educação e cultura. Mas, a maioria aprende em casa, nos noticiários, no dia a dia.

Essa é a temática da hora: Bullying é um comportamento inato (embora haja saudáveis discordâncias) e que também é aprendido (isso é consenso) – Mas, como tudo na vida: comportamentos sejam inatos ou adquiridos, podem e devem ser mudados.
Esperamos com este escrito, fruto de nossa vivência diária como médico de famílias e educador em saúde dar alguma contribuição á busca da tão sonhada PAZ.
Sonhamos com um mundo melhor onde paz e harmonia predominem na intimidade de cada um e na vida social.
Mas:
Volta e meia nós nos deparamos na rua e nos noticiários com campanhas, caminhadas, e passeatas contra as guerras declaradas ou não; e em prol da paz.
Slogans não faltam:
- Diga não à violência!
- Abaixo a prática do bullying nas escolas!
- Guerra não!
- Eu sou da paz!
- Paz e amor!

Muitos já a buscam mesmo desconhecendo-a; outros, como as crianças da Geração Nova já a praticam automaticamente e sem esforço.
Inúmeras as lutas que se travam a seu favor. Nas ruas, na imprensa, escrita e falada. Paz da boca para fora dos bullies, que o são; sem que o saibam ou fingem não saber.
Tão estéreis quanto inúteis; enquanto não tivermos consciência do que seja agressividade e violência.
Não tem sentido lógico, pessoas ainda agressivas e praticantes do bullying nas menores ações da política do dia a dia; lutando pela paz. E o que é pior: cobrando dos outros, atitudes mais tolerantes e pacíficas; aumentando impostos, escorchando, ameaçando.
É coisa de gente que não tem nem sabe o que fazer; senão dividir o espólio do que resta dos bens públicos.

Isso vale para todos: Não desenvolvemos a sensibilidade de distinguir as posturas pacíficas das agressivas no conjunto das nossas atitudes diárias.
Não sabemos realmente o que é violência nem agressividade planejada ou não; exceto aquela que salta aos olhos, escabrosa e truculenta: guerras, assassinatos, agressões, estupros, tiros, facadas – pois ela ficou diluída; e camuflada em condutas padrão ou normais ditadas pela cultura – a normalidade - é um tipo de bullying; cruel demais.
E o que é pior, nós sentimos apenas a que nos atinge ou nos choca; mas, encaramos como normal e nosso direito de reagir aquela que nós aplicamos aos outros, dos pensamentos às atitudes de prepotência.
Somente seremos capazes de combatê-la quando aprendermos a detectá-la em nós mesmos e, quando educarmos as crianças para que sejam mansas e pacíficas, pois a educação é algo compartilhado e não imposto.
Palavreado não seguido de atitudes coerentes não serve para muita coisa; até atrapalha.
Pessoas não se educam com slogans, nem com palavras de ordem, e sim na prática de cada dia.
Antes de conseguirmos a paz nas ruas, nas escolas, no trabalho e na vida social e política, ela precisa ser conquistada no íntimo de cada um e no ambiente familiar. A atitude pacífica deve ser aprendida e exercitada principalmente na vida em família.

Como tudo que envolve o ser humano a paz não se consegue numa canetada de um decreto político ou não; nem com teorias mirabolantes ou num passe de mágica; é conquista de dia a dia, de respeito pela própria vida e pela vida do outro. Alcançaremos um estado de paz relativa, quando nos lares não houver mais:
• Guerra pelo poder de controlar sem medir forças
• Competição
• Mentiras
• Traições
• Violência verbal
• Agressão física

Desse ponto em diante todas as lutas sociais em prol da paz serão vitoriosas.

Vem cá filho!
Arruma essa bagunça ou eu te arrebento!
Ou você faz a lição ou vai ficar sem TV.

Namastê.