sábado, 12 de dezembro de 2009

Na formação dos hábitos alimentares das crianças o discurso deve combinar com as atitudes

Faça o que digo; mas não o que eu faço...

Volta e meia, eu me deparo no consultório com pais que comem guloseimas o tempo todo e discursam para as crianças que esse hábito é nocivo – alguns até confessam que comem escondido. Ainda faz parte de nossa herança cultural pensar uma coisa, dizer outra e ter uma atitude que não condiz nem com o pensado nem com o discurso. No caso dos hábitos alimentares é comum que os adultos peçam as crianças comerem alimentos que “fazem bem á saúde”, “fazem crescer, ficar inteligente e forte”; mas que eles mesmos nunca comeram nem puseram na boca.
A educação exige medidas simples, constantes e fortes; nada de meio termo; nem de abertura de exceções. Os adultos perdem a credibilidade de forma muito rápida; junto ás crianças; caso não estejamos sempre vigilantes nos portamos de forma mais infantil do que as crianças; mesmo no altar da prepotência: eu sei o que estou dizendo!
Quem já descobriu a importância da mudança de hábitos alimentares para viver mais e com saúde deve ajudar as crianças durante muito tempo com o exemplo, para só depois, bem depois, chegar com as palavras. Alertar as crianças para as dificuldades tremendas de mudar hábitos tão repetidos ajuda, mas não basta.
Na dúvida se somos ou não capazes de honrar nossa fala, a melhor política educacional é calar. Tentar fazer, praticar para depois discursar.
Quer perder o restinho de credibilidade que você tem; junto ás crianças?
Coloque-se na situação de vítima da vida: - Não quero que você seja como eu! – Não consigo parar! – E outras pérolas de insensatez.

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