sexta-feira, 14 de setembro de 2012

EDUCAÇÃO ALIMENTAR - sem ela: destino incerto.



EDUCAÇÃO ALIMENTAR

    Atendendo ao pedido de uma amiga do facebook (Arlete Gralha) a respeito da permissividade de alguns pais com relação ao excesso de comida e á qualidade nutricional precária desses alimentos e suas implicações no organismo da criança; farei algumas considerações com seqüência nos outros bloogs; pois o assunto é de relevância.

    As crianças da atualidade estão pulando doenças de adultos e indo direto para doenças de idosos: enfarte; AVC; câncer de todos os tipos; diabetes, etc.

    O futuro dessas crianças é sombrio; sem pessimismo – apenas sendo realista; muitas “criadas” dessa forma, talvez nem cheguem á idade de ter filhos; mas se chegarem: imaginemos a qualidade dos hábitos de dieta que passarão aos seus “herdeiros”.

    Nesse primeiro artigo vou focar apenas a aprendizagem da dieta.
    Somos seres movidos a hábitos.

    Hábitos fazem parte do conjunto da nossa formação como indivíduos inseridos num grupo familiar ou social.
    Parte deles é adquirida pelo mecanismo de transferência com poucas mudanças; é fácil observar que de uma geração a outra, os hábitos de dieta modificam-se muito pouco; embora a influência que a mídia de ação rápida como a TV e outras formas esteja num ritmo assustador; pois desestruturou o velho sistema; o que no fundo não é ruim; pois vai ajudar a selecionar bem rápido quem será capaz de continuar no planeta ou quem vai para mundos como: Cobhaia; Come – Come; etc.
    O mecanismo de transferência ainda é responsável em boa parte pela estruturação da cultura alimentar ou tradição de um grupo, de uma região ou de um povo (comida local, bebida da região).

    Faça o que digo; mas não me repita...

    O pior; mas já é um começo: muitos adultos sabem do desastre em andamento; mas não desejam mudar nada; e até repetem essa anomalia educacional mostrada na frase acima; muito usada por sinal.

    Ainda, há uma tremenda confusão entre educação e instrução, o que gera pobreza de educação alimentar; pois, pessoas muito instruídas e até profissionais ligados ao assunto; mantém uma dieta pessoal doentia e, com uma qualidade que deixa a desejar; mesmo quem conhece tudo sobre cada tipo de nutriente costuma adoecer e morrer até antes da hora ao praticar uma dieta inadequada para seu organismo; até recomenda aos outros; o que não faz.
    Qual será o motivo?
    Vários, desde os íntimos aos culturais; e dentre eles: agrupamos e copiamos conceitos de ícones científicos nem sempre confiáveis; já que são retirados de experiências com ratos, cobaias..., e os aplicamos no dia a dia sem perguntar, sem ouvir o que nosso corpo pede ou recomenda; não se trata de desprezar o conhecimento científico ou popular, de forma alguma; bem usado, é um importante e necessário agente, capaz de facilitar o progresso; apenas com as necessárias ressalvas quanto á forma de uso.

    A educação formal nos induz a buscar roteiros prontos e milagrosos, mesmo que nos custe a paz de espírito futura; topamos tudo: desde que não sejam necessárias reformas drásticas nem esforço de transformação íntima.

    O problema, é que quando acordarmos e resolvermos nos reposicionar não haverá possibilidade de retorno em tempo hábil; pois, as mudanças nos últimos anos no estilo de vida e nos hábitos foram muito rápidas e ainda acelerando, nos colocam em risco.

    Paremos para pensar sobre a gravidade da situação:

    Se as pessoas já dotadas de certo grau de instrução são donas de maus hábitos, o que esperar daqueles que simplesmente comem sem saber o que nem por quê? E, o que dizer dos que apenas satisfazem suas compulsões; e buscam eternizar determinadas sensações - O que será deles?

    Quanto aos pais que tudo permitem aos filhos em termos de educação; podemos dizer que são muito pobres; embora isso não sirva de álibi.
São muito pobres de: raciocínio; força da vontade.
Mas acima de tudo: muito preguiçosos.